"Ainda Estou Aqui": Do Livro às Telonas e aos Holofotes do Oscar
Uma Jornada de Memórias que Conecta Literatura, Cinema e Música
CULTURA
Yasmin Caruso
11/22/20243 min read










"Ainda Estou Aqui": Do Livro às Telonas e aos Holofotes do Oscar
O aclamado livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, ganha vida de forma vibrante no cinema, levando para as telas uma história intensa e emocionante sobre memórias, perdas e reconexões familiares. Dirigido por Luiz Villaça e estrelado por Fernanda Torres, o longa conquistou o público e a crítica ao abordar de forma sensível temas como o luto, o amor e as cicatrizes deixadas pela ditadura militar no Brasil.
Baseado em suas experiências pessoais, o autor narra a complexa relação com a mãe, Eunice Paiva, uma figura central na luta pelos direitos humanos e na resistência ao regime militar, após a prisão e desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva. O livro já era uma obra aclamada, mas a adaptação cinematográfica elevou sua mensagem ao explorar camadas emocionais que só a linguagem visual pode alcançar.
Fernanda Torres: Uma Performance Indicada ao Oscar
A atuação de Fernanda Torres, que encarna Eunice Paiva com profundidade e autenticidade, não passou despercebida. Além de receber elogios por sua interpretação, a artista foi indicada ao Grammy na categoria Best Spoken Word Album, graças à trilha sonora do filme que incorpora narrativas e leituras da obra. A indicação é um marco tanto para Fernanda quanto para o cinema nacional, destacando a força da literatura brasileira e sua capacidade de dialogar com outras linguagens artísticas.
Do Livro ao Cinema: O Processo de Adaptação
Levar Ainda Estou Aqui para as telas foi um desafio e um ato de amor à arte. Luiz Villaça optou por manter a essência da obra literária, mas explorou novas perspectivas visuais e sonoras para traduzir o drama e a poesia da narrativa. A trilha sonora, composta por André Mehmari, desempenhou um papel crucial, entrelaçando música, palavras e silêncios de forma a amplificar o impacto emocional da história.
O filme também moderniza a abordagem sobre a memória e a história do Brasil, convidando novas gerações a refletirem sobre os traumas do passado e sua influência no presente.
Impacto e Reconhecimento Internacional
Desde seu lançamento, o filme tem percorrido festivais de cinema, ganhando destaque internacional por sua narrativa envolvente e estética sensível. A indicação de Fernanda Torres ao Grammy representa um reconhecimento além do circuito cinematográfico, elevando o impacto cultural da obra.
A história contada em Ainda Estou Aqui não é apenas um testemunho pessoal; é um lembrete poderoso da força do afeto e da resiliência diante de tragédias históricas e familiares.
Conclusão
No blog Fato & Opinião, celebramos essa confluência entre literatura, cinema e música que coloca a arte brasileira no centro das atenções globais. Ainda Estou Aqui não é apenas uma obra; é um convite a lembrar, sentir e questionar. Seja através das palavras de Marcelo Rubens Paiva, da interpretação visceral de Fernanda Torres ou da trilha sonora que emociona, esta é uma história que merece ser vista, ouvida e sentida.
Se você ainda não leu o livro ou assistiu ao filme, fica aqui nossa recomendação: permita-se mergulhar em uma narrativa que dialoga com o coração e a memória coletiva do Brasil.